Asas de papel
Tudo hoje é intenso, rápido, sagaz, perto e cheio. A relação que criei, e que percebo que algumas pessoas criaram também, é tão completa. Porém, só durante um tempo. O tempo se vai e o que era o culminante, se torna mínimo. O cheio se torna vazio. Procurar a completude parece ser, mais uma vez, a nova missão. O que era veloz, se torna inábil de proceder um caminho tão longo e não tem mais tanta força assim. O perto se distancia... porque entra numa rotina de lugares certos, caminhos certos, modos certos... e o certo não te agrada. Te enjoa. A intensidade acalma... e as coisas passam a ser chatas novamente. O descartável é palpável e tão próximo, que a dor de uma "perda" se torna devastadora depois. O que é, de fato, todo o sentimento que passamos na vida? Que tanto intensificamos, que tanto queremos e corremos atrás? Por quando ter, não queremos mais? Não damos o valor a vitória, muito menos ao ganho. Passamos despercebidos pela grande capacidade de se superar. E quere