“Sometimes I think I have felt everything I’m ever gonna feel. And from here on out, I’m not gonna feel anything new. Just lesser versions of what I’ve already felt.”
O avanço tecnológico, as redes sociais, aplicativos novos, programas novos... Diversas plataformas e ferramentas dentro desse mundo louco que é a internet/informática. Já não é a primeira vez que essa discussão vem parar na minha cabeça. Já até tive uma experiência que já compartilhei com vocês aqui no blog sobre ficar uma semana sem Facebook. Até conversei isso com amigos recentemente, e semana passada assisti o filme Her (2013).
Sinopse roubada do Filmow: Em um futuro próximo na cidade de Los Angeles, Theodore Twombly (Joaquin Phoenix) é um homem complexo e emotivo que trabalha escrevendo cartas pessoais e tocantes para outras pessoas. Com o coração partido após o fim de um relacionamento, ele começa a ficar intrigado com um novo e avançado sistema operacional que promete ser uma entidade intuitiva e única. Ao iniciá-lo, ele tem o prazer de conhecer “Samantha”, uma voz feminina perspicaz, sensível e surpreendentemente engraçada. A medida em que as necessidades dela aumentam junto com as dele, a amizade dos dois se aprofunda em um eventual amor um pelo outro.
Detalhe que o sistema operacional tem o nome de "OS", o que me lembrou iOS. ¬¬
"Toque uma música melancólica"
Já comentei por lá que esse filme é absurdo de tão próximo que está conosco. Para quem não assistiu, pode ficar tranquilo que não vou dar nenhum spoiler (odeio quem faz isso). Mas achei esse filme inteligentíssimo e bem parecido com meus medos sobre inteligência artificial. Logo me vem Matrix na cabeça... mas deixa isso pra lá, se não fico falando de filme o post inteiro hahahha.
Já repararam como as redes sociais estão sendo a fuga para tudo? Uma amiga minha postou uma música e falou que estava mal dentro deste post. Ela é minha amiga, tinha intimidade o suficiente para perguntar o que tinha de errado. Na internet, ela não me disse. Falou que estava tudo bem, que aquilo era só uma música, mas enfim... Aquelas coisas que não insistimos. Senti um certo receio dela em se abrir comigo. Não sei se o problema era contar algo para mim, mas achei totalmente medonho ela falar na sua timeline que estava triste e não desabafar comigo. Isso não me deixou chateada, mas pensativa.
Será mesmo que estamos perdendo nosso contato com o mundo real? O mundo do toque, do olho a olho, das conversas longas por telefone, do amor sentindo e não falado? Já aconteceu comigo. Uma pessoa falar várias coisas na internet, no whatsapp e pessoalmente ela deixar de falar por medo ou qualquer outra coisa. Sei lá, por mais que todo esse mundo facilite várias coisas, isso tudo me deixa meio agoniada.
Só de pensar que estamos precisando de máquinas para falar sobre nós... Nossa!! Estamos precisando de meios dentro da internet para ter uma conversa, ou para falar sobre nossas tristezas, felicidades ou momentos. Afinal, será que não conseguimos fazer tudo isso pessoalmente? Em uma viagem, em qualquer boteco fulero? Será que precisamos de um aplicativo para conhecer pessoas?
Fora aqueles post eternos, escritos de formas meticulosas, falando sobre determinada posição. Seja ela política, social, pessoal... whatever. E na realidade, você sabe, conhece que a pessoa não é verdadeiramente aquilo. Mas dentro do mundo da fantasia que é as redes sociais, precisamos muito mostrar o quanto sabemos, o quanto somos, o quanto entendemos. Mudar de opinião não é um problema, mas "mostrar-se" sempre me causa uma náusea de gente moralista (kkk).
"O passado é só uma história que contamos para nós mesmos."
Agora falamos de sentimentos nas redes sociais. Praticamos o amor com curtidas e mensagens de textos. Não falamos mais aquilo que nos sufoca de ansiedade... Esquecemos. Pois, as coisas da internet são assim... rápidas, supérfluas e doidas.
Conversando com meu amigo Môa sobre isso, você já pensou como as pessoas faziam para se encontrar antigamente? Sem internet, sem telefone, sem celular? Meu pai me contando que tinha que ir em casa em casa perguntando do amigo que queria ver. E poxa, olha a treta hahaha. Mas gente, olha o verdadeiro significado do fato. Ele foi! Ele encontrou o amigo depois de muitas horas e conseguiu curtir o role. E eu sou meia doida com coisas espirituais e já acho que tem alguma coisa envolvida nisso, rs. Seja qual for o motivo, já se perguntou, como as pessoas faziam para se apaixonar antes dessas redes infinitas?
Tive minha experiência com o Tinder este ano e a única coisa que me fez perceber tê-lo, foi o quanto esse tipo de aplicativo é psicopata. Uma pessoa está a 2km de você, ela curte você, e pronto... MATCH. Meu Deus... o cara pode ser qualquer pessoa! Ou uma pessoa que tem diversas coisas em comum, foi em vários shows que você foi, vai nos mesmos lugares... e você só foi conhecê-la na base do 3G. hahahha
Eu vivo isso. A internet faz parte totalmente da minha geração. Desde os selfies, até as comunidades do Orkut que só entrava quem realmente PODIA entrar. Contudo, me sinto um tanto despreparada para aguentar um futuro dentro disso. Me sinto uma viciada compulsiva, porque já perdi e as vezes continuo perdendo, momentos muito melhores do que uma telinha de celular, ou uma curtida no facebook. Conheci tantas pessoas legais este ano; em trips, em bares, botecos. E não nego, que muitas pessoas legais conheci na internet também, mas não queria que isso virasse uma válvula de escape, não quero que vire meu principal meio. Não quero me aproximar disso e me desaproximar do real. Do verdadeiro olho no olho e no nervosismo da barriga. Dos desencontros e dos encontros.
Então, como prática para mim e para você também que está lendo este texto... Pratique o desapego com as redes sociais, internet, etc. Esqueçamos deste mundo e vivemos o que está próximo. Uma ida ao cinema, um boteco sem selfie, uma viagem sem curtidas e status do tempo bom (sol de raxar) que está fazendo. Foque em um momento apenas! Deixe a internet para não perder um contato e não para rastrear aquela pessoa que visualizou sua mensagem e não respondeu. Registre os momentos, sim! Mas faça diferente e revele as fotos daquela viagem linda que você fez com os amigos.
Não vire uma máquina. Não deixe a máquina falar por você. Aproxima-se! Fale pessoalmente, converse. Olhe no olho. Sinta as verdades, as mentiras. Use o intuitivo. Abrace sempre! Mate as saudades, beije, ame, toque.. sinta. Deixe algo em alguém, para alguém. O real somos nós que fazemos, mas não sinta o real por um sistema operacional ou por uma foto do instagram. Escute vozes no ouvido s2. E eu mesma vou tentar ter essa conversa com quem quiser pessoalmente num boteco bebendo uma breja hehehehe.
"Estamos aqui apenas por pouco tempo, e neste momento eu quero me permitir alegria."
PS¹: Me desculpem o post anterior totalmente bad. Prometo tentar não postar mais esse tipo de coisas hahahah
PS²: Assista esse filme. Te digo que terás uma ótima reflexão... e o final é lindo demais <3 br="">PS³: Me perdoem também pelos palavrões. kakaka3>
PS²: Assista esse filme. Te digo que terás uma ótima reflexão... e o final é lindo demais <3 br="">PS³: Me perdoem também pelos palavrões. kakaka3>