Postagens

Mostrando postagens de janeiro, 2014

Cartas de amor para um desconhecido

Imagem
Quando eu me declarava romântica, era normal fazer várias cartinhas de amor para o namoradinho do colégio. Era normal escrever o nome da pessoa no caderno rodeados de corações. Era lindo receber uma declaração em público, mesmo que aquilo me aniquilasse de vergonha. Era fácil entender um amor platônico e era aceitável desejá-lo. Era precioso o tempo da intensidade que vivia... podia ser um mês, uma semana, um dia, um minuto. Aquilo tudo era o que preenchia meu coração de esperança de um amor. Hoje escrever cartas é ultrapassado. É brega. E o ego e a vergonha do sofrimento me cobriu tanto que demonstrações de amor me dão ânsia de vômito. Não tenho paciência. E o niilismo falso impregnado pela minha razão está fora do controle. Ele me corrói tanto quanto a tragada do cigarro que me mata a cada dia. Destrói a minha esperança, o meu amor próprio.  - Mas óh desconhecido... quando apareceras para me dizer que estou errada? O que mudou?! Além do medo do desconhecido e do tão próximo med