Além do espelho: sobre extremos e limites
Todo extremo é perigoso. Todo extremo é um precipício ao limite do ser. Sempre tive fascínio pelos extremos. Sempre gostei demais, sempre quis demais, sempre odiei demais, sempre fui demais. Sempre teve que ter algo "demais" na minha vida. Seja lá o que fosse. Um programa de televisão, uma banda, uma comida, alguém, alguma situação, algum momento. Fases, mas que acredito que chegaram ao limite e por isso passou. Não digo que não aproveitei... Aproveitei e muito! Existiu muitas coisas boas. Mas dadas asas a tamanho poder do "sem limites", do sem hora para voltar, ou do amanhã talvez o mundo acabe... o que acaba, de fato, é um pedacinho de mim. A metáfora é simples. A todos os goles de café possível, na atual presença das noites mal dormidas. Porém, nunca apreciei café. Tenho gastrite. Mudança de gostos? Talvez. Ou uma mera ilustração do real fato que quero escrever. Me vejo presa aos limites, rendida ao "sem pudores" e tentada ao errado. Ao que nunca q