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A alma não tem data de vencimento

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Observando o que eu alimentava. De certa forma, meus desejos e vontades davam força a este ser. Era como se eu vivesse em cima de uma ilusão percussora deste alimento. Eu alimentava esta ilusão, este demônio foi criado por mim. Agora estou aqui cheia de mal uso. Como um produto velho e usado. Repassado de mão para mão. Passado de pau para pau. Vestida de meretriz como eles gostariam e transbordando limites, cascos e feridas. Tratada como um produto vencido. Jogada a nada como se fosse desprezível o que sou além deste corpo. Mas eu entendi o meu valor e o vício de desejos saciados... me levou de novo de frente comigo mesma. De fato o que eu quero? Por que quero? Será que eu realmente preciso disso? Para ocupar um vazio que eu mesma me alimentei? O vazio e a completude infinita de não pertencer a nada. Da magnitude de não ser permanente em absolutamente nada. O que dói é o uso do meu corpo como um monumento raro mas quebrado. O que se faz com isso? Ignorada, dispensada e em cacos. De fat