Thaiane está num Ex, Atual, Relacionamento sério, Casada, Ficando com Facebook

Há algum tempo venho pensando muito sobre o que é minha vida dentro dessas redes sociais. Há algum tempo já queria me afastar, apenas para dar aquela clareada. Pensar mais ativamente, ir atrás das coisas que precisava fazer. Terminá-las. Em algum momento eu achava que o que estava me prendendo, e muito, era aquele maldito Facebook.
Depois de alguns acontecimentos que senti minha privacidade ameaçada (por culpa minha e por outras pessoas também), decidi dar um tempo. Aquele tempo que parece briga de namorados que se detestam, mas não conseguem ficar longe um do outro. Sabia que iria voltar mais cedo ou mais tarde. No caso a briga durou uma semana.
Antes de contar os fatos dessa semana cheia de pensamentos bons e talvez até renovadores... Vamos a história do meu relacionamento com redes sociais e toda essa "patifaria" de tecnologias e "globalização"... por assim dizer.

Comecei minha vida na net quando eu tinha uns 13 anos. Descobri o Blogger e desde então, meu mundo mudou. Descobri como era legal escrever um diário online e espalhar meus dias para o mundo. Fiquei fascinada pelos blogs personalizados. Por todas aquelas meninas que tinha blogs rosas, cheio de coisas e aqueles GIFS animados. Quando aprendi a fazer um template, quando aprendi a fazer gifs animados... meu mundo se tornou uma luz inspiradora para o futuro. Até tinha pensando em ser webdesigner. Puf.
Adorava aquele mundo das meninas que compartilhavam suas vidas ricas e cheias de acontecimentos marcantes. Depois disso acredito que foi uma série de redes e novas plataformas para me infurnar ainda mais nesse mundinho.
ICQ, Flogão, Fotolog, Orkut, MSN, e todas as OUTRAS MILHÕES de redes sociais. Acredito que tive quase todas, pois sempre gostei disso. Sempre gostei da ideia de ter o que falar, ter onde me expressar. E a internet, por bem ou por mal, deu a nós essa "liberdade".
Enganei-me com a vinda do maldito Facebook. Diferente dos outros, essa rede social permite de uma forma bem mais elaborada de "criar conteúdo" e compartilhar. Tudo. Exatamente tudo se pode fazer com essa ferramenta. Você está fazendo coco, e quer compartilhar... ALÁ. Que maravilha! Capaz de saberem até a cor e o cheio do mesmo. -nojo.
Sem exagerar mais.
Passei todo esse tempo, interligada a tudo e a todos. Fiz muitos amigos, desfiz de vários. Tive OUTRAS MILHÕES de brigas por causa desses "carinhas". Pois tudo - como tudo na vida realmente passa - passou.

Ao fim do meu drama, contarei minha semana longe do maledito em questão. Conto que foi, na maior parte do tempo, bom. Em uma semana sem Facebook: eu assisti 15 filmes, acabei de ler meu livro e já estou na metade de outro. Fui a uma exposição que estava adiando. Fui no show do Incubus. Resolvi minhas pendências domésticas. Voltei aos antigos Twitter e fiquei mais ativa no Instagram. Voltei para o Tumblr que é um outro compartilhador fantástico e muito mais bonito.
Tudo isso não passou talvez de uma crise e uma mania minha de pensar demais. Contudo, acredito muito que nossas informações, nossas vidas estão a jogo nesse mundo da internet. É preciso MUITO ter cuidado com tudo o que se fala, tudo o que se posta e tudo o que se compartilha. Pois já sabemos e já temos exemplos claros no que uma coisinha pode virar. Tirando todos os cuidados NECESSÁRIOS... há também algo que sempre me intrigou no Facebook... Essa mania de todos de POSTAR TUDO.
Acreditei por um período que aquilo poderia até ter algum beneficio. Afinal, estamos dando "vozes" aos que não falavam e aos que precisavam de um "espaço". Mas sem delongar, sabemos que não é assim.
Fora as mentiras, as hipocrisias que escrevemos... temos essa necessidade e vontade de provar as coisas para alguns. Mostrar o que estamos ouvindo, o que estamos fazendo, onde estamos indo, onde fomos, com quem e porque. Declarações infinitas de amor. Fotos e mais fotos. Trollagens (até engraçadas) para todos os lados.
Eu como uma boa "do contra", sinto muito pelo o que tudo isso se tornou. Sinto até pelo meu comportamento em alguns momentos. Afinal, também faço parte dessa MERDA toda.
Quero contatos olho a olho. Gosto quando minha querida amiga Ellen me liga falando sobre seu banho e sobre seu gato que derruba tudo na sua cozinha. kakkakaka. Gosto de fotos reveladas. De lembrar de cada lembrança dela. Sou apegada a momentos, tenho orgulho deles.
Gosto de otimizar meu tempo com coisas uteis, mas claramente isso não estava acontecendo. Perdendo tempo cuidando da vida dos outros, vendo mentiras e mimimi, sendo desrespeitada, entre OUTRAS MILHÕES de coisas. hunf
Eu voltei, mas já com vontade de nunca mais voltar (blá). Infelizmente, estar fora disso é estar fora de muitas coisas, que não vou entrar em detalhes... mas é isso.

Se conselho fosse bom, se vendia, mas segue aqui o meu: Todo o cuidado é pouco.
Aprecie mais a presença offline. Seja transparente PARA VOCÊ MESMO!
E sei lá... que esse blog ainda permanece vivo, mesmo sabendo que ler hoje é para os fortes. E como manter um relacionamento está cada vez mais difícil... Com você ainda não terminei... Seu filho da puta de Facebook.

Ps: desculpem o excesso de aspas.

Comentários

  1. Do caralho você voltar a escrever aqui..DO CARALHO!
    Eu to com mto sono, mas amanhã vou ler o post

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  2. Bom, por onde começar? Bem... o que vou digitar não é uma resposta ao seu texto, mas sim, um ponto de vista.

    Acho que os problemas de redes sociais estão na forma que se recebe a informação e como vc compartilha informação, creio que existe sim coisas desnecessárias como por exemplo #estoucagando. Algumas pessoas sentem essa necessidade de mostrar o que esta fazendo, afinal, o facebook lhe pergunta isso e é claro que alguns sentem a necessidade de responder essa pergunta. O problema maior (pelo menos na minha humilde e pouco importante opinião) é que a super exposição vem do vicio que o usuário tem de sempre interagir com a rede, por exemplo:
    Antigamente na época de ICQ se usava muito sub-nicks, acho que no icq tinha, tenho mais certeza no msn ("sabecomé" minha memória), sempre com indiretas ou pensamentos, aquilo ali é o inicio de tudo, depois surgiu a opção mostrar a música que você esta escutando, esse excesso de informações desnecessária é resultado de anos de "treinos" contra a privacidade, o facebook acaba sendo o lugar onde tudo isso é muito natural e fácil de se fazer.
    Tudo que necessita de compartilhamento acaba lhe forçando a compartilhar informações, porém, essas informações começam como X grau de relevância e termina com Y grau, pq? Simplesmente pq a pessoa não sai da rede social e acaba sendo de certa forma induzida a publicar algo, como a pessoa não tem mais oq publicar, então ela começa a usar o que tem, como por exemplo o que esta assistindo no youtube, uma pessoa que compartilha um video do youtube para o facebook (me incluo muito nisso) nada mais é que um reflexo de um vicio em rede social, perceba o que acontece... mesmo que eu esteja fora do facebook, meu pensamento continua nele, afinal, estou assistindo um video no youtube e não no facebook. A inutilidade é reflexo de um vicio em rede social, onde quando acaba a informação útil, o que me resta são as coisas inúteis e por ser um vicio, acaba sendo compartilhada, afinal, um viciado em redes sociais, precisa compartilhar algo a qualquer preço, precisa dessa dose de interatividade.

    =]

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