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Mostrando postagens de outubro, 2019

Olhando o mar

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Ô mar que trouxe o amor para mim Há de vê-lo longe por mais tempo O dia se pôs e eu perdi o jeito Como um menino de frente pro medo Mas empolgado com o receio Ô mar que trouxe o calor pra mim Eis me fechada, parada no cais Esperando a onda encher meus ases Eis a terra firme para me subjugar incapaz Ó mar por que fazes assim? Tão singela e tão simples Me faz erguer sobre mim E eu me perder em ti Ó mar o meu desejo que o vento ouviu Trouxe de volta a promessa pra Senhor do Bonfim Recolocou no eixo o navio a afundar Mas nos mares distantes só o prazer encontrar Ô mar me fez sentir o fogo Das lenhas antes umedecidas, molhadas pelas águas dos céus E o vento secou e aflorou o ar deste calor Vindo de mim e de você Num infinito presente do estar no agora Apenas saboreando Essa deliciosa poesia de ser Ô mar... Tira esse amor de mim Não é ele quem me deu Não devo mais sentir o seu cheiro Pois o começo já teve um fim Ô mar, será que posso amar? Me diga se mere

De volta ao meu lar... Eu

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Mochila guardada dentro do porta malas e mais umas roupas jogadas. Sapatos empacotados em sacolas. Tudo jogado. Documentos esquecidos e alguns perdidos. Mais uma vez, estou indo. Novamente, mais um fim. Novamente, mais um... Tudo cabendo em uma mochila, três sacolas retornáveis, uma bolsa e mais alguns pertences. Minha jornada cabendo num carrinho pequeno de mercado. Tudo cabendo em apegos, medos e derrotas. Fome. Há anos fazendo disso uma vida cigana. Uma vida cheia de instabilidade e procuras sem fundamento, sem amor. Procurando sempre ver por aparências, vendo pelos ideais e intelecto... Tentando entender por raciocínio, por palavras tão cheias de teor relevante mas tão vazias na prática das atitudes. Usando utensílios, pessoas e meios do externo. E por mais que ainda buscasse dentro, nunca era o suficiente acreditar só em mim. Perdi mais do que peças de roupas, documentos, dinheiro e coisas materiais. Perdi o instinto de confiar naquilo que sempre gritou em mim. Eu sempre soub