A profundidade feminina

Vê-la foi um sentimento de acuamento...
Onde existia ali um pedido de sentir.
Um pedido de desejo, um pedido de amor.
Seu sorriso quando me viu foi instantaneo.
Parecia que ela me via além daquilo.
E eu a via além daquilo.
Os amores se viram nos nossos olhos e sentimos uma afinidade profunda. 

O amor feminino é diferente.
Ele supera coisas além do não dito.
Os olhares se falam mais que o toque;
Os sentidos ficam obsoletos.
O jeito é complexo, profundo.
Não se sabe diagnosticar. Apenas sentir.

A gente quer sentir sabe!?
A gente quer jogar nossos caminhos em incertezas para ter a doçura do inesperado.
Fazia dança com os olhares daquele que necessitava de um carinho de amor.
E quem nunca? O amor desta mulher era pedinte e necessitado.
Ao mesmo tempo, era dócil e gentil.
Como se fosse puro e genuíno apenas um encontro.
E foi... só é. 

Eu podia ver todas as suas tragédias em seus olhos.
Podia ver o quanto estava em reconexo com aquilo que foi esquecido dentro de si.
Porque de fato, toda mulher, nasceu para amar.
Ela recuperava aquilo apenas com os seus olhos baixos, implorativos.
Era como se falassem: "Me queira".

Tudo me cabia. Ali naquele momento, eu só amei.
Porque há beleza nas rachaduras. Há beleza em pedaços quebrados.
Que com apenas um olhar, um gesto, uma atitude, muda tudo.
E eu pude sentir, que ali eu mudava ela... assim como ela me mudava.

Não precisou de muito, mas o "pouco" foi o suficiente pra entender.
Que mulheres são aptas a amar. Que mulheres sabem sentir.
E se formos diagnosticadas como apegadas, loucas, tóxicas, cafonas... que seja.
Pois é nesta profundidade, que também me encontro... Mulher.

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