Complemento

By Thai - 20:41

Adiar a dor me pareceu ser errado

Poderia viver aquilo por mais 100 anos 

Sou dessas que acredita até o fim

Mas despeço que a vida só não te dá uma coisa, o que se pede... E a entender que o seu, não é o melhor do que o de ninguém. 

Ser ou não amada seria uma escolha não difícil de entender... A gente se olha e vê, que os sentimentos foram feitos para viver. E soltamos como vento... O ruim é que a gente se apega... A uma ideia, a uma projeção, a um sonho... E se vê de novo completamente só. Era isso que queria. Deveria me encarar e percebi ... Que o amor funciona com uma força poderosa e nada se explica adiar a dor para depois receber os alívios dos anjos...

Do perdão, do acolhimento, da aceitação. Mais um aprendizado me tive... Sem saber nada continuo... Porque o amor não é possível ver, mas sim... Apenas sentir. 

E não sentir dói. É um ar oprimido dentro do peito... É uma parada de batimento. É algo que corrói o peito como uma faca enfiada na alma.

Não sentir é um desgosto amargo. É ver seus esforços, e, compreender que por mais que você tente... Por mais que você se dê aquilo tudo... O outro só doa aquilo que há. E a realidade das coisas é bem diferente.

A realidade se mostra como é. O que se tem, a sua verdade. A sua cruel verdade de o olhar torto de uma ilusão. De um tempo vislumbrado consigo mesmo. De um jeito de associar suas faltas ao outro. Uma forma de não ser só Eu aqui. Mesmo o Eu sendo enorme e internamente complexo. 

Sabe se que a jornada não se termina e olhar o reverso do amor... Ver a dó, a pena, a carcaça de não ter. E para que ter? A sua validação não vêm de fora, né? E o que você esperava? Mais condições e formas de receber não? 

Não... é ao olhar nas suas pequenas atitudes, que viraram grandes, naquela que morria de fome. Morria de medo, de angústia e aperto no peito. E o pequeno se transformou em algo grande, misterioso e fantasioso. Outra forma de se afastar de mim. Outro jeito, rasteiro, de não me ver. E formar memórias e me apegar a elas como se fossem filmes. Mas que o seu final não foi escrito por mim...

Por mais que não considere o final que gostaria, estou aqui apenas aceitando o que se é dado. E não fugindo mais da realidade destroçada do não. 

Hoje olho e vejo que a batalha era mais minha do que sua. Que o encontro serviu mais para mim do que para você. E ao liberar o fardo deste universo, eu compreendi... Que a vida é aquilo que se apresenta.

Viverei a realidade pois eu cansei de imaginar. Ou formar, ou ajeitar. Ou tentar encaixar, ou tentar até ser vista de outra maneira. Eu só quero ser eu. Totalmente o que vim para ser. Não me esconder mais. Sair do mundo imaginário do casulo e receber o que é real e palpável. A palavra em ação.

O amor em toque. O amor em olhar. O gesto em ato. E perceber que, o que eu me dava era pouco até para mim. Mas foi o suficiente. Foi o que matou a minha fome até então. Agora, não passo mais fome, agora reconheço a minha abundância. Agora não preciso mais ser a vilã ou a mocinha. Agora só preciso ser Eu.

Abundância em sentir, em olhar, em tocar e perceber. Que o agora respira nas quebras de milhões de correntes. E eu me libertei de mim...

Me tirei os véus, me tirei a capa. E só me restou... Meu espírito faminto e carente de mim mesma. Da totalidade incrível e enormemente grande que sou. Do total e completo estado do sentir.

E ver com os olhos da verdade o que me prendia. O que me fazia não entender o porque a gente faz escolhas. O por que elas são tão importantes na vida de cada um a sua forma. E por mais que seja a sua forma de escolher, a minha é de aceitar que o aprendizado de amor é intenso, profundo e sem manual. 

O caminho é solitário. Muitas vezes frio, cheio de águas e de manifestação de evolução. A gente aprende a também escolher. Em qual realidade queremos de fato viver. E eu chamo por vida, por calor e por aquilo que dá a vontade de levantar. Eu aceito e mereço. Eu acolho e confirmo. Que a gente não força nada. Não controlamos e não precisamos. A vida por si só, faz seu incrível trabalho de apenas ser o que é.

E se vive. Profundamente e com plenitude. Pois, agora a gente compreende um pedacinho do incrível macro e micro cosmos. O universo se complementa por si só. E nós também.



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