Sua falta também seria sentida!
A insastifação constante de um mero sentimento fora do contexto. Não temos permissão para sermos tristes, não temos permissão para sermos felizes... E o que somos afinal? De que maneira nossos sentimentos são apenas acolhidos e não enxugados para debaixo do tapete sem que se veja o rastro de sangue que se deixa disso?
A dor é uma trucidadora e quando escondida, se vê em uma panela de pressão... Pronta para explodir por ser ignorada, por ser abafada e não ouvida. Será que realmente nossas dores precisam ficar para outra hora? Será que realmente nossos motivos são fracos e dramáticos? Será que as sensações físicas se disruptam em apenas uma doença? O por que, de fato então, vivemos tão insatisfeitos?
Todos estamos extremamente cansados. Em busca do que nem conhecemos profundamente, acreditando poder encontrar um ponto de equilíbrio com as conquistas realizadas. Com os tropeços superados. Mas ao mesmo tempo, tudo parece tão pequeno, tão mesquinho, tão fugás... Diante de tanta dor que vemos ai fora.
É difícil não ver, não observar as dores das pessoas em guerras, das pessoas em necessidade, da falta de carinho e amor no mundo. As suas ações e suas indagações ficam pequenas, ficam minúsculas, e por conta disso, você não se dá o direito de sentir a dor.
A sua própria! Seja pelas condições da sua mente, ou do seu lado emocional. Ou sobre um trauma, uma passagem, um fracasso. Você não se permite mais sofrer. E com isso, julga a dor como uma condutora cruel da própria vida. Mas crescer dói. Amadurecer gera empenho e energia, principalmente com nossas falhas e comportamentos. Se ver pode gerar uma dor profunda, que são poucos que aguentam o caminhar.
E não finaliza! Não é uma linha de chegada, não é um prêmio a se conquistar, não é uma batalha ganha. Na verdade, não é uma luta, é apenas o que é... Uma dor que te empurra pra ver o que você se esconde. Uma dor de que os tempos mais ignorantes se foram, e que agora a responsabilidade é enorme por tudo. Por cada palavra, por cada ato, por cada pensamento. E se ver como um exemplo, fora do termo, e sem precedentes de boa reputação para tal. Ora, por que eu deveria ser exemplo? Por que alguém deveria o ser? Já que ainda estamos agindo como ignorantes e cruéis a nós mesmos?
O que eu precisaria para resolver? Uma cartela de ansiolítico para fugir ainda mais da minha loucura interna ou aceitar apenas o fato do que é? O que eu deveria aceitar como minha busca pela cura da dor que muitas vezes é estar aqui?
A dor ensina assim como o amor. E por vezes, tive que enfrentar mais a dor, tive que superá-la, tive que engoli-la, tive que não vê-la. A tremenda culpa da responsabilidade do saber, da consciência vívida dentro de mim que jamais dorme. Nem a noite e nem de dia. Nem que eu encha o copo de mil litros de álcool, que me entupa de drogas legais... eu nunca mais a deixei sem mim. Ela continua lá. Como o olho que tudo vê... A Consciência do que apenas é. Não é sobre julgar, mas é sobre sentir esse pedaço enorme dentro de mim e entender que jamais poderia voltar onde estava. Que meu mergulho de alma foi e será cada vez mais profundo.
E a Consciência se vive a cada passo do meu dia, como uma luz no final do túnel e as vezes como minha maior batalha interna. Eu sei que continuo errando, que continuo indo para o caminho mais fácil. Eu sei que me vejo, vejo as outras pessoas. Eu sei que A Sinto a cada hora do meu dia mais perto e nunca mais se foi perdida. Oh, mais isso seria bom, não é?
A novidade da nova Consciência instalada e aquela que jamais dorme, vem a me mostrar o quanto eu ainda preciso batalhar a favor de mim mesma. A construir muito aqui dentro. E o quanto eu ainda não sei ser exemplo pra ninguém. O quanto eu ainda sou apenas um ser humano que erra, dispensa, que sente tudo e ao mesmo tempo não sente nada. Que ainda impregna egoísmo no mundo, e mesmo que sabendo das consequências, me vejo nos velhos moldes trucidantes do caminho "mais fácil."
Mudar dói, crescer dói, viver em forma consciente dói, ainda mais quando se sabe que a responsabilidade pela sua paz é tua própria... não do ter, do ser e nem do saber. Apenas do permitir-se compreender ao nível de mudança e não mais se mergulhar em "eu não consigo fazer".
Por mais difícil que seja trilhar um novo caminhar com essa consciência, é mais difícil não tê-la. É mais penoso não saber, não ver, a perdê-la e culpar os outros/coisas por não vê-la. Seguir um cabresto do que se prega lá fora e não se enxegar como poderoso agente de tudo isso.
Afinal, será que somos tão pequenos assim? Será que realmente falhamos? Será que realmente nossas dores são tão insignificantes assim? Será que a nossa partida realmente não fará falta?
Pois ei que eu entendi, que por mais pequena que seja meus atos e vivência, por mais pequeno que seja minhas condições... eu sinto que minha falta seria sentida. O quanto eu poderia deixar de entregar pequenos detalhes na vida de pessoas maravilhosas, que por mais que eu me sinta extremamente insignificante, elas me dão a devida importância. E não, não somos insignificantes como querem que você acredite! Não somos pequenos, somos milagre. E sim, a sua falta, também seria sentida!
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